Paranapiacaba
A Vila de Paranapiacaba é um marco da presença Britânica no Brasil, e a única Vila ferroviária conservada desde sua fundação e seu patrimônio arquitetônico foi tombado como Patrimônio Nacional.
Foi construída para atender os trabalhadores da estrada de ferro São Paulo Railway (atual Santos-Jundiaí). Suas casas são de madeira estilo inglês, suas ruas são planejadas, há um relógio no centro da vila que controlava o ritmo das atividades, a estação ferroviária e o movimento de seus trens, além da neblina que cobre constantemente a Vila, todos esses fatores, aliados aos recursos naturais, encantam todos que a visitam.
A Vila de Paranapiacaba, está localizada na região sudoeste do Município de Santo André, incrustada na Serra do Mar. Dotada de exuberante natureza, e emoldurada pela belíssima mata atlântica e ainda conserva toda a influência Inglesa em suas construções em madeira de pinho de Riga nas casas construídas hierarquicamente, para solteiros, famílias e conforme a importância social na ferrovia.
Além do valor histórico que alavancou o desenvolvimento do Estado de São Paulo, na Vila de Paranapiacaba foi disputada a primeira partida oficial de futebol do Brasil, promovido pelo Sr. Charles Miller, o qual então era telégrafo e funcionário da São Paulo Railway Co.
Visando a recuperação e preservação desse valioso sítio arqueológico, a Prefeitura de Santo André comprou a Vila de Paranapiacaba, e iniciou um projeto para torna-la pólo de ecoturismo organizado.
Em 2001 foi feito a primeira edição do FIP, Festival de Inverno de Paranapiacaba, que acontece sempre no mês de julho.
A cada ano que passa, Paranapiacaba vem consolidando-se como uma excelente opção de turismo, oferecendo uma ótima infraestrutura para receber os turistas de todo o Brasil e de outros países.
Muito próxima a grande São Paulo e das cidades do ABCD, a Vila de Paranapiacaba torna-se também uma opção muito barata de turismo para os habitantes destas cidades.
Informações e Museus de Paranapiacaba
A vila de Paranapiacaba surgiu com a construção da ferrovia Santos-Jundiaí. Inaugurada em 1867, a estrada estabeleceu uma ligação entre o planalto e o Porto de Santos visando principalmente o escoamento do café.
Os galpões que abrigaram os dois sistemas funiculares desativados com a instalação em 1974 de um sistema de tração mista denominado cremalheira - se transformaram no Museu Ferroviário de Paranapiacaba. O Museu abriga o que é considerado o maior sistema funicular do mundo que se encontra no seu lugar original.
A roda de inércia, movida a vapor, puxava o cabo de aço de duas pontas. Um veículo serra-breque acoplava-se a cada uma das extremidades do cabo e era o responsável por puxar ou frenar a composição. As rodas de inércia, de capacidade bem maior, tracionavam cabos de aço sem fim ou, como chamavam os ingleses, endless ropes.
Visitação 9h às 15h. Fechados na segunda e sexta-feira. Ingresso R$ 2,00 (válido para visitar os dois museus).
Pátio Ferroviário
A arquitetura ferroviária está presente em Paranapiacaba com edifícios e equipamentos, como o Relógio da Estação, galpões, depósitos, incluindo os remanescentes do Plano Inclinado.
A chamada "Serra Velha" inaugurada em 1867, foi o primeiro sistema funicular empregado para transpor a Serra do Mar.
Desse equipamento férreo existente temos a 4ª Máquina Fixa fabricada pela William Fairbairn & Sons, de Manchester. No 4º patamar ainda se encontra o serra-breque ou carro freio estacionado sobre trilhos assentados em dormentes do tipo " panela de ferro fundido", que é o sistema Greave.
A Serra Nova, também chamada de segundo sistema funicular, foi inaugurada em 1901 e, possui um conjunto de equipamentos existentes que faz parte do patrimônio. No trecho correspondente ao último plano inclinado, ou seja, o 4º e 5º patamares, estão a s 4ª e 5ª máquinas-fixas e respectivos edifícios, a casa das caldeiras e seus equipamentos, o trecho da via permanente, incluindo o sistema de cabos e polias, o sistema de comunicação e sinalização, iluminação e força.
São preservados como patrimônio cultural-tecnológico, pois fazem parte de um complexo e raro exemplar de mecanismo utilizado em regiões serranas.
Dentre os veículos ferroviários temos os três Locobreques fabricados pela Kerr –Stuart Ltd. de 1900; os quatro Locobreques fabricados pela Robert Stephenson & Co. em 1901, 1903 e 1921.
Os equipamentos rodantes utilizados pela SPR Co. constituem acervo significativo para a memória ferroviária, tais como a Locomotiva a vapor nº 15, bitola 1,60m fabricada pela Sharp, Stewart & Co. Ltd., em 1862. A locomotiva a vapor tipo Decauville, bitola 0,60m, nº de fabricação 1015, produzido pela Kerr & Stuart Co. de London/Stoke em 1907. O carro de Dom Pedro II fabricado pela São Paulo Railway Co. em 1879; o vagão fúnebre nº 16, bitola 1,60m, fabricado pela SPR em 1907.
Os dois vagões de passageiros da 1ª classe, nº 111 e 112 fabricados pela São Paulo Railway os dois vagões para passageiros da 2ª nº 188 e 451 fabricados pela SPR.